Desde 1989, quando tomei conhecimento do trabalho de um jovem prefeito de Fortaleza chamado Ciro Gomes, me tornei fã absoluto do cara.
Para ser preciso, posso dizer que me torneio o maior fã do cara!
O sujeito virou governador do Ceará, ministro da fazenda, foi para Harvard estudar, candidato a presidente da República pela primeira vez, palestrante pelo país, candidato a presidente da República pela segunda vez, ministro da integração nacional, deputado federal pelo Ceará, novamente palestra pelo país, presidente da Transnordestina, candidato a presidente da República pela terceira vez.
Minha admiração foi crescendo, pois o cara era competente, bom administrador, retórica excelente, defendia um projeto nacional de desenvolvimento, era social democrata, tinha uma visão estratégica de país, era experiente para conduzi-lo.
Votei nele para presidente nas três vezes que disputou.
Mas, contudo, porém, todavia, entretanto - como diria meu amigo Cláudio Afonso - na última campanha eleitoral, notei o que muitos já haviam alertado: a arrogância era proporcional a isso tudo.
E o oportunismo era derivado diretamente da arrogância.
Notei erros absurdos, que o fizeram jogar uma campanha para a presidência ganha pelo ralo.
E não foi a primeira vez!
Agora, o vejo defender seu irmão, Cid, que jogou uma retroescavadeira para cima de pessoas - não importa se são fascistas milicianos, ou não.
Eu vi a cena: Cid poderia ter matado alguns, e só não aconteceu porque foi alvejado por tiros; expôs a vida de algumas pessoas, e inclusive a própria, e nem era autoridade instituída para fazer aquilo!
Ciro defende o indefensável.
Muito decepcionado.
Mais uma vez!
Nunca mais votarei em Ciro Gomes para a presidente?
Só em uma hipotética situação em que ele vá para um segundo turno contra uma de cinco sombrias personalidades da política brasileira - duas delas, é pouquíssimo provável que sejam candidatas a presidente.
Fora isso, Ciro Gomes não tem meu voto nem mais para síndico de condomínio!
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