Uma menina de dez anos é estuprada desde os seis anos de idade – ao longo de quatro anos, portanto – pelo próprio tio.
Uma indignidade, uma crueldade, uma incivilidade!
Gravidez que, nos termos da lei brasileira, dá margem um aborto assistido, o que se sucede.
É o suficiente para um conjunto de facínoras, hipócritas, trogloditas mal amados, se virarem contra a garota, na forma de todas as agressões verbais que se possa imaginar.
A pobre menina sofre triplamente.
Sofre por ter sido abusada em sua intimidade durante quatro intermináveis anos por um membro da família, que deveria ampará-la.
Sofre pela excessiva exposição midiática que assusta, oprime, constrange.
E sofre por se sentir impotente perante a horda de agressores – bando de imbecis, acéfalos, canalhas – que a brindam com xingamentos e intimidações.
Parece que o bisavô da linda Marina, o velho Ruy Barbosa, sempre esteve prenhe de razão:
"Quanto mais conheço os seres humanos, mais amo os cães".
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