Se você me pedir para te indicar um livro para que possa ler, não hesitarei: o livro indicado será “Em Busca do Tempo Perdido”, de Marcelo Proust.
Com efeito, não se trata de um livro, mas sim de um colosso de 3.300 páginas, composto de sete livros: “No Caminho de Swann”, “À Sombra das Raparigas em Flor”, “No Caminho de Guermantes”, “Sodoma e Gomorra”, “A Prisioneira”, “A Fugitiva”, “O Tempo Redescoberto”.
Ao começar a ler o livro, é capaz de você me xingar até a última geração, dizendo que o livro é chato, enfadonho, modorrento, impraticável de se ler.
O que você não terá percebido é que, entre as histórias que parecem arrastadas, se verá uma série de personagens ricos, fatos engraçadíssimos e, sobretudo, frases que exprimem verdades sobre a natureza humana que são verdadeiros tesouros, de valor absolutamente inestimável!
No linguajar rebuscado, na tripla adjetivação, na fina ironia, no auto deboche, na precisão com que critica os salões burgueses, Proust nos oferece cursos de Psicologia, de Sociologia e de Filosofia avançados.
E, mais ainda: nunca, em tempo algum, alguém descreveu com tanta maestria o que é o ciúme, com toda sua desorientação, patetice e dor dilacerante.
Leia, se quer aprender sobre a vida!
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