Hoje de manhã, escutava, no You Tube, a música “O Que Será (À Flor da Pele)”, cantada por Chico Buarque e Milton Nascimento.
Chico Buarque é gênio da raça, e ainda será objeto de escrito especial neste espaço.
Mas é sobre Milton Nascimento que quero escrever hoje.
Voz aveludada, de uma limpidez incrível, festa para os ouvidos, Mílton canta, e encanta, há décadas!
Músicas como “Canção da América”, “Coração de Estudante”, “Cais”, “Travessia”, “Nos Bailes da Vida” e “Maria, Maria” o comprovam.
Aliada à sua lindíssima voz, um sentido de “mineirice” que lhe é instintivo, natural e sugestivo.
Milton não canta qualquer música, de qualquer canto.
Milton canta Minas Gerais, sua terra, com seus costumes, suas maneiras, seu sotaque, seu jeito de ser.
Não é uma cantor amorfo, que faz o que a necessidade pede, mas sim um cantor que respeita seu habitat, que canta a sua terra.
Mesmo quando a canção não é diretamente expressa sobre Minas Gerais, Milton coloca Minas Gerais na canção.
A belíssima, climatizada e simpática Minas Gerais.
Mílton, o cantor de sua terra, de sua gente, de seu modo de ser, e ainda por cima com uma voz abençoada!
Ave, Milton Nascimento!
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