Almoçando com o Apolinho
- Luis Filipe Chateaubriand
- 3 de ago. de 2020
- 2 min de leitura
Creio que já contei aqui sobre o dia que que eu lanchei na mesma lanchonete em que lanchava Miguel Falabella.
Foi na Ilhe do Governador, há 25 anos, onde eu morava e ele já havia morado, em um dia de eleição – provavelmente, ambos tivemos a ideia de comer algo depois de votar.
Creio, também, que todos sabem quem é o Washington Rodrigues, conhecido como Apolinho – um grande comentarista de futebol, o que mais eu apreciava em minha infância, autor de frases bem humoradas como “briga de cachorro grande”, “batom na cueca” e “mais feliz do que pinto no lixo!”.
Um pouco antes da pandemia, eu, de férias, estava almoçando em um restaurante na Quinta da Boa vista, na excelente companhia de meu amigo Cláudio Miranda.
Eis que entra no recinto o Washington Rodrigues, nosso bravo Apolinho, minha referência juvenil de cronista esportivo – profissão que pensei seriamente em seguir, muito por causa dele.
O Velho Apolo estava acompanhado da família.
Achei por bem, que não era de bom tom ir abordá-lo, em um momento de descontração familiar, onde a pessoa deve querer privacidade.
Deixei o bom Apolinho em paz, desfrutando sua família.
Algum tempo depois, conversando com ele pelo Facebook, lhe contei o ocorrido.
Ele perguntou por que não fui falar com ele, e eu respondi que exatamente para respeitar a privacidade dele.
Ai, ele contou que aquele era um almoço de despedida, pois sua filha estava indo morar em Portugal – este país maravilhoso, onde nasci.
Então, acho que fiz bem em não ir ao seu encontro; ficar ali, olhando de longe, admirando um dos maiores comunicadores que já tive a oportunidade de observar na vida!
Washington, bom e Velho Apolo, vida longa para nós!
A gente ainda há de se encontrar por aí.
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