Argentina! Argentina! Argentina!
- Luis Filipe Chateaubriand
- 5 de mar. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 7 de mar. de 2020
Quando eu tinha de 12 para 13 anos, estudava em escola pública, a Escola Municipal Brigadeiro Eduardo Gomes, no Jardim Guanabara, Ilha do Governador, Rio de Janeiro.
Frequentava a sétima série e tinha, dentre outros, três amigos inseparáveis: Abrão Phéris Abdala Rumanos, Jorge Luiz Patriota Lima e Guillermo Alfredo Hollanda de Requena.
Os quatro cavaleiros do apocalipse!
O Abrão era o com quem eu tinha mais afinidades futebolísticas, o Jorge era o com quem eu tinha mais afinidades humanas, o Guillermo era o com quem eu tinha mais afinidades intelectuais - embora ele fosse de direita e eu de esquerda.
O pai do Guillermo, o sr. Jorge Requena, era argentino radicado no Brasil.
Todos nós, muito amigos, estudávamos juntos desde a sexta série e seguimos juntos até o final da oitava série.
Na sétima série, a professora de Geografia passou trabalhos, para serem feitos em dupla, sobre os países latino americanos, Brasil excluído.
Eu e o Guillermo nos olhamos, o olhar disse tudo, e pleiteamos a Argentina!
Cinco duplas queriam a Argentina, fez-se o sorteio, e ganhamos, comemoramos efusivamente!
Mas, aí, uns bobalhões vieram "melar" o sorteio, disseram que também queriam a Argentina, mas não ouviram a convocação...
Quem mandou eles "paparem mosca" ou não optarem pelo México ou pelo Chile?
Mas o novo sorteio foi realizado, agora com nove duplas pleiteantes.
Sabem o que aconteceu?
Eu e o Guillermo ganhamos de novo!!!
E, só de deboche, dançamos o tango da vitória na frente de todo mundo!!!
No dia da apresentação, uma boa performance minha, e um show do Guillermo, filho do homem!
Nota dez garantida!
Exatamente dez anos depois, fui, com família, passear na Argentina, Buenos Aires e Bariloche.
Lá só se tocava Daniela Mercury e "a cor dessa cidade sou eu, o canto dessa cidade é meu!".
Um país maravilhoso, de gente educadíssima, paisagens fantásticas, cultura enlevante, limpeza máxima, altíssimo astral, comida estupenda.
Um lugar inesquecível.
Se choro por ti, Argentina, é pelo fato de, há 27 anos, não mais ter podido voltar a essa terra encantadora, em todos os sentidos!
Valeu, Guillermo, por me apresentar ao que é belo!
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