Ayrton Senna, o Espetáculo!
- Luis Filipe Chateaubriand
- 5 de mai. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 6 de mai. de 2020
Em 1989, quando eu tinha 18 anos, minha mãe era guia turística.
Fui me juntar a ela, em uma viagem por Dinamarca, Finlândia, União Soviética (sim, isso ainda existia...) e Hungria.
Quando estávamos na Hungria, em Budapeste (um dos lugares mais lindos que conheci na vida, mas contarei isso em outra oportunidade), nos hospedamos no hotel Atrium.
Era época de Grande Prêmio Hungria de Fórmula I e houve, no hotel, uma entrevista coletiva dos quatro pilotos patrocinado pela marca de cigarros Malboro: Alain Prost e Nigel Mansel (Ferrari) e Ayrton Senna e Gerrard Berger (McLaren).
Ao final da entrevista, a brasileirada que fazia parte da excursão que minha mãe conduzia foi em cima de Ayrton Senna para pegar autógrafo, eu também fui, mas apenas para balbuciar um "boa sorte, campeão" (Senna era o atual campeão do esporte).
Eu, então, não era um grande entusiasta de Senna.
Influenciado pelo meu pai - que o detestava e dizia que era rápido mas não estrategista, que castigava demais o carro e muitas vezes ficava sem ele quando precisava e que ia acabar se matando na pista (cruzes, que premonição era esta!), - eu preferia Nelson Piquet, que me parecia ter virtudes como piloto proporcionais à falta de caráter...
Mas o fato é eu estava equivocado, redondamente equivocado, e meu pai, que Deus o tenha, que vá plantar batatas!
Senna era gênio das pistas!
Piquet era muito bom, mas só chegava perto.
Os anos, os vídeo taipes e, depois, o You Tube, foram me mostrando a realidade.
Rapidez incrível, facilidade enorme para frear apenas no último momento, curvas feitas com absoluta perfeição e ganhando tempo demonstrando movimentos dos braços sincrônicos, facilidade de pilotar na chuva de nos deixar estupefatos, maneira de se movimentar à frente do adversário tornando quase impossível ultrapassá-lo, sagacidade para induzir o adversário ao erro.
Pés perfeitos para acelerarem e frearem, braços perfeitos para conduzirem os movimentos, cabeça perfeita para pensar a corrida.
Quem viu, viu, quem não viu, tem a sorte de existir o You Tube!
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