Ontem, dia 19 de Maio de 2020, assisti no You Tube a entrevista que o "youtuber" Felipe Neto concedeu ao programa "Roda Viva" no dia anterior, 18 de Maio de 2020.
No programa, Felipe Neto confidencia que sofre de depressão diagnosticada desde 2010, e faz tratamento medicamentoso desde então.
Fiquei a imaginar como um rapaz extremamente comunicativo, carismático, ativo, envolvido em vários projetos, que trabalha com afinco, sofre de depressão.
Bom, eu mesmo sofro do mesmo problema e concilio meu trabalho de analista de informações em uma empresa pública com a atividade de blogueiro e, tal meu xará Felipe, "youtuber".
A gente faz acontecer, com a diferença que ele é milionário e eu não tenho dinheiro para pagar as contas...
Mas o ponto aonde quero chegar é simples: tal qual os negros, tal qual as mulheres, tal qual os homossexuais, tal qual determinados povos, tal qual gente que faz determinadas escolhas, gente que sofre de depressão é alvo de preconceito social.
É um tal de "ah, é frescura", "coisa de veadinho", "cara preguiçoso", "não tem atitude", "precisa aprender a ser homem (ou mulher)", etc e tal, e, ainda por cima, falado pelas costas.
Quem sofre de depressão já carrega nos ombros uma dor suficientemente grande para ser menosprezado.
Uma dor que não se deseja ao pior inimigo.
O deprimido não precisa ser menosprezado, precisa de oportunidades.
Inclusive profissionais.
O caso de Felipe Neto ilustra isso de forma clara, límpida e inquestionável!
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