Elegia a Maitê Proença
- Luis Filipe Chateaubriand
- 9 de mai. de 2020
- 1 min de leitura
Aos 13 anos de idade, era apaixonado por Maitê Proença.
Ficava vendo a novela “Guerra dos Sexos”, e ela, no papel de Juliana, exibindo todo aquele esplendor de beleza, de delicadeza, de graciosidade.
Linda! Linda! Linda!
Mesmo com quase o dobro de minha idade.
Com 18 anos, já não era apaixonado por Maitê Proença – a paixão da vez era por Luciana Vendramini – mas ela continuava belíssima, e, além de tudo, uma atriz madura e notável!
Quem assistiu à novela “O Salvador da Pátria”, e sua professora Clotilde, sabe do que estou falando.
Então, não mais tinha paixão, mas tinha admiração artística por aquela mulher tão linda que parecia uma princesa desenhada diretamente de um conto de fadas.
Acompanhei sua carreira, na televisão e no cinema, mas não tive a oportunidade assisti-la no teatro.
Mas, agora, a admiração cresceu!
Não é mais pela bela mulher, que continua sendo em seus 62 anos de idade.
Não é mais pela atriz competente, fato inegável.
É pela pessoa.
A pessoa que é capaz de confrontar a Secretária de Cultura, dizer para esta que a classe está à deriva, que falta uma política para o setor, e indagar o que a secretária tem a dizer para sua classe.
Dedo na ferida!
“Mandou bem”, Maitê!
Nós, os fãs, que precisamos desesperadamente da cultura para ter uma vida mais colorida, compartilhamos da mesma angústia que você explicitou, e também gostaríamos de ter respostas.
E, assim, você mostrou que, além de ser bela por fora, é linda por dentro!
E eu, estou novamente apaixonado (metaforicamente), de uma forma diferente do que há 37 anos atrás: apaixonado por suas virtudes, que pretendo ensinar às minhas quatro filhas, de que lutar pelos pares é combater o bom combate.
Evoé, Maitê Proença!
Comments