O Adeus a Rodrigo Rodrigues
- Luis Filipe Chateaubriand
- 29 de jul. de 2020
- 1 min de leitura
Sabe aquelas pessoas que você não conhece pessoalmente, só pela televisão, mas sente uma familiaridade tão grande que é como se elas fossem seus parentes?
Pois é, era assim que eu me sentia em relação a Rodrigo Rodrigues.
Talvez, como se fosse um irmão, que jamais tive – inclusive, éramos meio parecidos fisicamente, ambos obesos e, aparentemente, com alturas aproximadas.
Entretanto, em personalidade, nada a ver um com outro.
Rodrigo Rodrigues era um músico de primeira, guitarrista da hora, que compunha um repertório fino, alegre, vivaz.
Rodrigo Rodrigues era um jornalista e apresentador dos melhores que se possa imaginar, alguém com uma alegria contagiante, uma irreverência doce, uma fome de vida irretocável.
Rodrigo Rodrigues era um conhecedor e apreciador de esporte, futebol em especial, era apaixonado por Zico – como eu – e que nos transmitia as notícias e histórias do esporte com sagacidade, bom humor e brilhantismo.
Era carismático, esse tal de Rodrigo Rodrigues!
Agora, não mais o temos, devido a essa pandemia maldita, ceifadora de vidas aos borbotões, asquerosa doença que magoa, fere, dói de forma lancinante.
Vá em paz, homem / menino.
Já deve estar fazendo a festa aí em cima e botando todo mundo para chorar de rir... enquanto, aqui, a gente chora de chorar, mesmo.
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