Quando penso em um grande ator da televisão brasileira, penso em Tony Ramos.
Penso no Marcio Ayala de “O Astro” e sua célebre nudez franciscana perante um pai rico e soberbo.
Penso em André Cajarana em “Pai Herói”, um homem querendo saber que era o seu pai e dividido entre o amor de Karina e Ana Preta.
Penso nos gêmeos Quinzinho e João Victor, em “Baila Comigo”, na irreverência e generosidade de um e na sensibilidade e introspecção do outro.
Penso no Riobaldo Tatarana de “Grande Sertão: Veredas”, retrato mais perfeito do Brasil profundo e desconhecido que João de Guimarães Rosa nos deixou.
Penso em Jorge Carvalho de “O Primo Basílio”, personagem dual e genial de Eça de Queirós.
Penso no Tonico de “Bebê a Bordo”, de mijar de rir!
Penso no José Clementino de “Torre de Babel”, de fazer chorar!
Penso no Miguel Soriano de “Laços de Família”, emoção pura.
Penso no Coronel Boanerges de “Cabocla”, um banho de brasilidade.
Penso em Percival Farquhar de “Mad Maria”, um banho de ganância.
Penso em Nikos de “Belíssima”, vejo Zorba.
Penso em Antenor Cavalcanti de “Paraíso Tropical”, protótipo da bipolaridade.
Penso em Opash Ananda de “Caminho das Índias”, divertido!
Penso no Totó de “Passione”, vejo Mastroianni.
Ah, Tony, tantos em um só!
Sempre divinos!
Sempre fantásticos!
Sempre sensacionais!
Obrigado por existir, meu caro, pois, com você, o mundo é muito mais colorido!
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