Creio já ter contado, aqui, como, em 1989, no Hotel Atrium, em Budapeste, Hungria, fiquei frente a frente com Ayrton Senna.
Mas, nas pistas, o conheci um pouco antes...
Grande Prêmio do Brasil, em 1989, autódromo de Jacarepaguá, Rio de Janeiro.
Eu estava lá.
No grid de largada, Ayrton Senna sairia em primeiro, mas, não lembro se por problemas técnicos ou por alguma punição, teve que largar dos boxes, em último.
O que se sucede, a partir de então, é algo absolutamente fantástico!
Senna vai ultrapassando todos os carros, um por um.
De último, passa a penúltimo, depois a antepenúltimo, e assim por diante, até chegar ao terceiro lugar.
Pois é: o cara botou cerca de 20 pilotos “comendo poeira”!
Já em terceiro lugar, começa a caça ao excelente e “simpaticíssimo” brasileiro tricampeão, Nelson Piquet.
Senna o ultrapassa, com extrema facilidade, em uma reta em frente ao lance da arquibancada em que eu me encontrava.
Agora em segundo lugar, o então campeão mundial Senna vai atrás do líder Alain Prost.
A diferença é cada vez menor, a distância entre os dois gênios do automobilismo se encurta.
Mas, de repente, e de forma inexplicável, Senna recebe a bandeira preta, ou seja, é eliminado da corrida.
Prost vence a corrida.
A pergunta que não quer calar é: será que, se Senna não fosse desclassificado, ultrapassaria Prost, conseguindo a façanha de chegar em primeiro depois de largar em último?
Nunca se saberá.
Mas o que sempre se saberá: largar em último e ir ultrapassando todos até chegar a segundo colocado, é para fora de série!
Um fora de série chamado Ayrton Senna do Brasil!
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