Dia desses, tive um sonho lindo!
Sonhei que nosso país tinha uma distribuição de renda decente – como na Suécia, a diferença entre quem ganha mais e quem ganha menos era de cinco para um, o que propiciava uma qualidade de vida para todos decente.
Por extensão, sonhei que não havia fome em nosso país, todos podiam se alimentar decentemente.
Sonhei que havia um Estado que provia as necessidades sociais de forma exemplar, passando por Saúde, Educação e infraestrutura, dentre outros.
A Saúde começava com a valorização dos profissionais, que eram bem remunerados, excepcionalmente capacitados e dotados de instrumentos para exercerem o seu ofício.
A Educação era uma combinação de profissionais bem remunerados, bem capacitados, instrumentos ideais, projeto pedagógico e expediente em tempo integral.
Não mais uma fábrica de marginais, mas uma fábrica de cidadãos!
Também sonhei que o menor abandonado poderia ter um lar, através de campanhas inteligentes para estimular a adoção, salvando a vida de milhares de crianças de um futuro sombrio.
Sonhei com os animais, nossos amados animais, como renunciar a comer carne poupa a vida de muitos animais, como eles podem ser adotados, bem tratados, serem encarados como nossos irmãos – que é o que são.
Sonhei, ainda, com nossos irmãos de cor, como são humilhados, vilipendiados, destratados, como especialmente os negros passam por isso, como isso seria diferente, todos poderíamos nos tratar como irmãos, nos darmos as mãos fraternamente.
E, por fim, sonhei com as mulheres, sonhei com um país em que as mulheres eram admiradas, acaricidas, louvadas, e não humilhadas, violentadas, desgraçadas, como acontece atualmente.
Aí, eu acordei.
O sonho acabou.
Eu pergunto.
Até quando?
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