Finalmente, o dia da tragédia anunciada chegou: Sábado, 20 de Junho de 2020, vai entrar para a História do Brasil como uma data vergonhosa.
São 50 mil mortes pelo Covid 19.
Não são 50 pessoas.
Não são 500 pessoas.
Não são cinco mil pessoas.
São 50 mil pessoas.
São 50 mil pessoas!
Lá se foram tantos pais de família, senhoras do lar e da labuta, filhos estudantes, idosos que trabalharam uma vida inteira, e até crianças e bebês.
São 50 mil pessoas.
Resultado do descaso, da desinformação, da maldade.
Tem gente que duvida.
Tem gente que não se importa.
Tem gente que quer mais ver o “circo pegar fogo”.
Aonde perdemos o nosso senso de humanidade, a nossa empatia, a nossa solidariedade?
Por que esses valores se escassearam entre nós?
A afirmação que não quer calar é: um isolamento social sério, duro, cumprido por todos, no início da pandemia, botando na cadeia todos os sem vergonha que o desrespeitassem, e o vírus estaria sob controle.
Tivemos tempo para fazer isso, o vírus demorou para chegar entre nós, havia tempo para erigir uma estratégia – só que não.
E a falta de testes? Somos dos países que menos testam no mundo e, como isso, ficou inviável saber por onde o vírus circulava, quem eram os laços de amizades de quem o adquiriu, fazer uma política mais específica.
E, para finalizar o conjunto de lambanças, se vai terminando, pouco a pouco, com o isolamento social – único instrumento eficaz – quando o número de mortes está na ascendente, algo inconcebível.
Enfim, um show de incompetência, de trapalhadas e de omissões.
Enfim, nosso país sendo o que é.
As gerações futuras terão razão de olhar para nós e pensarem: perdedores, fracassados, incompetentes.
É o que somos.
Porque quem permite que 50.000 dos seus pereçam, quando havia instrumentos para tudo ser diferente, não merecem qualificativos diferentes.
Ai de nós, estamos fazendo história, a História do Horror!
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