Toda a Genialidade de William Shakespeare
- Luis Filipe Chateaubriand
- 11 de mai. de 2020
- 1 min de leitura
O dramaturgo William Shakespeare tem uma vasta obra voltada para o teatro que, não obstante, é perfeitamente encaixada na literatura.
Literatura de primeira estirpe, plena, clássica, célebre!
A marca maior da obra de Shakespeare é complexidade dos personagens, ricos, divididos, filosóficos, capazes de enunciar as mais intrínsecas verdades ou as mais astutas mentiras, sinceros ao extremo ou dissimulados com grande sutileza, finos ou sorrateiros, esnobes ou grosseirões, leais ou descolados.
Uma miríade sem fim de possibilidades de personagem, envoltos em uma teia que sempre constitui uma narrativa conflitiva, mas coerente, consistente e brilhante.
A variedade dos estilos impressiona, uma vez que escreveu comédias, escreveu dramas, escreveu tragédias.
E, mais do que isso, escreveu comédias com traços de drama e tragédia, escreveu dramas com traços de comédia e tragédia, escreveu tragédias com traços de comédia e drama.
Conseguia variar os estilos tanto em obras distintas como na mesma obra.
A linguagem era marcante a tal ponto que ditos seus, especialmente de “Hamlet”, se tornaram populares, como “há mais mistérios entre o céu e a terra do que supõe a vossa vã filosofia” e “há algo de podre no Reino da Dinamarca”.
Tudo isso coloca o bardo anglo saxão na mesma prateleira de Proust, de Kafka, de Cervantes, de Camões: os melhores escritores de todos os tempos!
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